quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Nó parte III


Esqueço-me dele por um tempo e sinto uma liberdade vigiada, como se lá estivesse ele, o nó, à espreita, aguardando o momento que eu baixe a guarda.
Mas se o consigo enganar, rapidamente me encho de vazio, e o vazio é maior e mais aterrorizante que o nó.

Eis então a grande questão, se o perco, não sinto. Se não sinto, não sei, não vivo.
Eu vivo assim, com um nó, bem aqui, que me preenche. E toda madrugada ele me acorda com uma pontada.

Mas eu já não me zango, é apenas a sua forma de me lembrar: "que eu estou viva"e que preciso me libertar.

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